Pais que costumam verificar a qualidade do calce dos sapatos dos filhos, através da simples pressão do polegar sobre o dedão do pé, podem estar, involuntariamente, desprezando os cuidados essenciais à saúde da criança. Para comprar o calçado na medida certa, é necessário entender como cresce o pé infantil e quais são as variáveis de produção capazes de influir nos aspectos ortopédicos.
Os pés das crianças, do nascimento até mais ou menos 1 ano de idade, são relativamente largos e de contornos arredondados. A maioria necessita mudar de calçado a cada 2 meses. Normalmente, não têm arcos plantares, isto é, a planta do pé é plana (chata), havendo um enchimento de tecido gorduroso na região correspondente ao futuro arco. A estrutura do pés do bebê é bastante frágil. Apenas algumas pequenas porções do esqueleto do pé e tornozelo estão ossificadas, estando a maior parte constituída por cartilagem. Os ligamentos são bastante frouxos e elásticos, fazendo com que os pés tenham mobilidade e flexibilidade muito grande. Nesta fase, a criança precisa usar calçados bem flexíveis, anatômicos e que protejam seu pé. Nos 18 meses seguintes, a criança deve trocar o calçado a cada trimestre, aproximadamente. Aos 3 anos, a taxa de crescimento torna-se mais lenta. Por isso, a troca deve ocorrer a cada 4 meses ou mais. A largura proporcional dos pés das crianças muda muito pouco nos primeiros 5 anos. Um pequeno excesso de largura no calçado não causará problemas se a amarração dos calçados for bem ajustada. Já os pés escolares aumentam, em média, um número e meio por ano.
A largura e a altura dos pés crescem de forma constante,
mas o comprimento é acelerado nos primeiros anos de vida.
Atenção: Vermelhidão, pigmentação, pontos de pressão na parte posterior dos dedos, além de calosidades e compressão persistente, são alguns dos danos notáveis em pés infantis acostumados ao calce de sapatos menores que o ideal a suas dimensões.