Linha do tempo

Os sapatos tornaram-se  nossos companheiros, praticamente desde os primeiros passos da humanidade.  A história do desenvolvimento humano stata a importância da proteção dos pés pelos sapatos e, foi cedo reconhecida. Através de inscrições egípcias, chinesas e de civilizações emergentes da poca, percebemos  que eles os “sapatos” estavam sempre presentes. A seguir, alguns modelos  que marcaram época.

 

Com mais de 5.000 anos, as sandálias egípcias, são nosso exemplo  mais antigo. A base era formada por cordas trançadas de cânhamo ou  capim e contornadas por gramíneas ou juncos.

Na Mesopotâmia eram comuns sapatos de couro cru amarrados aos pés por tiras do mesmo material.

Com a evolução dos tempos, veio a descoberta de curtir o couro com seivas de plantas e, mais tarde, com sais de cromo; e assim o couro ficou resistente e mais adequado para sua aplicação aos calçados. O calçado passou,  então, por uma mudança de valores acentuada, mudando do caráter funcional para o estético. Isto se constata a partir dos séculos X e XV bem exemplificado, com o sapato de bico rasteiro.

Tal característica passou, então a significar muito mais hierarquia social do que no sentido prático: os bicos dos calçados eram proporcionais à classe social do indivíduo. Quanto mais pontudo o sapato, mais valor na escala social se adquiria.

 

No final do século XV houve uma mudança brusca na forma dos sapatos. Contam os Historiadores que o imperador Henrique VIII, por possuir os pés largos, inchados e doloridos, descobriu que os chinelos eram mais confortáveis. Em vista deste fato, por meio de um decreto oficial, ele proibiu o uso de calçados com pontas aguçadas.

Sendo assim, este novo tipo de calçado largo tornou-se popular e podia ser usado por qualquer classe social. Tinha como uma característica interessante a simetria, sem distinção do pé direito ou esquerdo.

 

Relata-se que algumas damas  da Corte andavam com chinelos providos de saltos tão altos que necessitavam do auxílio de dois criados para poder andar.

Já no século XVI, observamos mudanças significativas quanto à concepção do calçado. O estilo e a forma realmente ganham importância e somam-se as variações dos modelos de calçados emininos e masculinos. Neste período, o calçado possuía ainda a função de revelar a classe social, que era, entretanto, determinada pela altura do salto e não mais pelo comprimento do bico.

Os séculos XVII e XVIII foram marcados por modelos  usados pela aristocracia da época. Suas principais características  eram os enfeites, sempre dos e os saltos altos. Eram utilizadas, por muitas vezes, jóias como ornamentos. O salto vermelho era um símbolo   de “status” nas classes privilegiadas,

Os modelos sofrem outra mudança dramática, após o final da Revolução Francesa. Os saltos desaparecem. As botinas de salto médio se impõem na moda feminina. Começa o processo de industrialização. Porém os sapatos continuaram incômodos até meados de 1850, pois não  havia diferença visível entre os pés direito e esquerdo , além de não haver uma variedade de tamanhos.